sábado, 25 de junho de 2011

Folha

Existem as folhas simples, onde o limbo não é dividido, a pata de vaca é um exemplo destas folhas. E existem também as folhas compostas, onde o limbo formado é formado por várias partículas chamadas de folíolos.

Adaptações Especiais

As adaptações especiais tratam das funções executadas pelas folhas.

1. Funções protetoras:

Espinhos: tem a função de proteger a folha. O cacto é um exemplo dessa função.

Catafilos: são folhas sésseis que não possuem pecíolo e bainha, onde o limbo insere-se diretamente no caule. A cebola é um exemplo desta função.

Brácteas: em sua maioria são coloridas, tem a função de que proteger as flores isoladas, e funcionam como elemento de atração. A flor-de-papagaio e primavera são exemplos desta função.

2. Função nutritiva

Cotilédones: são folhas embrionárias, que têm a função de condutor de reservas do albúmen para o embrião, possuem os elementos nutritivos da planta. A mamona é um exemplo desta função.

Folhas insetívoras: tem a função de capturar insetos. A Drosera é um exemplo desta função.

Folhas coletoras: nas plantas epífitas existem algumas estruturas parecidos com bolsas que têm a função de acumular água para a planta. As bromélias epífitas são exemplos destas funções.

Folhas suculentas: folhas com parênquima aquífero bem evoluído. A babosa é um exemplo desta função.

3. Função de reprodução

Reprodução vegetativa: as folhas de algumas plantas podem têm a função de reprodução vegetativa. A begônia é um exemplo desta função.

Soros: estruturas reprodutoras que se encontram nas pteridófitas, representando um conjunto de esporângios onde se formam os esporos.

Antófilos: são elementos florais que representam folhas que se transformam adaptavelmente para a sua reprodução.

Filotaxia: É a forma como as folhas se distribuem ao redor do caule. Estão divididas em quatro tipos:

A- oposta: é quando duas folhas se implantam no mesmo nível do caule, mas em posições diferentes. Ex: araçá
B- oposta cruzada: logo que as folhas estabelecidas por apenas um nó traçam um ângulo reto com as folhas opostas do próximo nó. Ex: quaresmeira
C- verticilada: é quando três ou mais folhas se implantam no mesmo nível. Ex: espirradeira
D - alterna: é quando as folhas se implantam em níveis diferentes no caule. Ex. roseira, limoeiro

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Caule

Ele tem a função de conservar as folhas, flores e frutos, além disso, atuam na condução da seiva e no acúmulo de reservas.

Partes do caule

O caule é formado pelo broto terminal, brotos laterais, nó e entrenó.

Broto terminal – encontra-se na ponta do caule, é composto por milhares de células frágeis, que se produzem com rapidez possibilitando desenvolvimento do caule.

Brotos laterais – são encontrados ao longo do caule, são compostos pelas mesmas célula. do broto terminal. Quando essas células se produzem, são formados novos ramos, folhas e flores.

- É a parte que surgem os brotos laterais e as folhas.

Entrenó - Região onde há dois nós.

Tipos de caule
 

Os caules, geralmente, crescem acima da superfície do solo. Mas existem caules que crescem embaixo da terra ou dentro da água. Portanto eles podem ser aéreos, subterrâneos ou aquáticos.

caules aéreos

Os caules aéreos são aqueles que crescem acima da superfície do solo. Os caules aéreos são classificados em eretos, rastejantes ou trepadores.

Os caules eretos crescem na posição vertical em relação ao solo, e pode estar em forma de tronco, que é resistente e ramificado, ou em forma de estipe que não tem ramificações, em colmo onde é possível visualizar nós e entrenós, e também em forma de haste que é um caule bem delicado.

Os caules rastejantes crescem na horizontal junto ao solo, por isso, é chamado de rastejante.

Os caules trepadores desenvolvem-se se firmando em alguma base.

caules subterrâneos

São os caules que crescem embaixo do solo. Eles podem ser classificados como rizomas, que se estendem horizontalmente pelo solo, ainda que produzam ramos aéreos, como Tubérculos que são caules pequenos, mais grossos, que têm uma abundancia em substâncias nutritivas, e também como bulbos, que em sua maioria são em formato de um disco.

caules aquáticos

São os caules que se desenvolvem dentro da água.

Raíz

A raiz é uma estrutura vegetal, que tem a função de fixar-se e absorver água e sais minerais do solo.

Tipos de sistemas radiculares:

Axial ou pivotante: caracterizam as dicotiledôneas tem apenas uma raiz primária e várias ramificações. Alguns exemplos é o feijão e os abacateiros.

Fasciculada: caracterizam as monocotiledôneas, possui diversas raízes que saem do mesmo ponto, ficando embaraçadas. Um exemplo é o milho.

Adventícias: surgem do caule e servem de suporte para as árvores. Ex: milho.

Tuberosas: Tem a função de órgãos de reserva. Ex: beterraba, cenoura.

Pneumatóforos: são encontradas em ambientes aquáticos e em solos estéreis, são apropriadas para captar oxigênio.

Sugadoras: sugam a seiva de outros vegetais.

Abrangência e métodos

Antes de mais nada, a morfologia é comparativa, o que significa que o morfologista examina estruturas em diversas plantas da mesma ou de diferentes espécies e, em seguida, faz comparações e formula idéias sobre semelhanças. Quando se acredita que estruturas em diferentes espécies possuem a mesma origem embrionária, essas estruturas são ditas homólogas. Por exemplo, as folhas de pinheiros, carvalhos, couve são todas muito diferentes, mas partilham determinadas estruturas básicas e disposição destas. A homologia de folhas é uma conclusão fácil de fazer. O morfologista vai mais longe, e descobre que os espinhos dos cactos também partilham a mesma estrutura básica e desenvolvimento como folhas em outras plantas, e, por conseguinte, os espinhos dos cactos são homólogas às folhas também. Este aspecto da morfologia vegetal se sobrepõe com o estudo da evolução vegetal e paleobotânica.
Em segundo lugar, observa tanto as estruturas vegetativas (somáticas), bem como as estruturas reprodutivas. As estruturas vegetativas das plantas vasculares incluem o estudo do sistema de caulinar, composto de caules e folhas, bem como o sistema radicular. As estruturas reprodutivas são mais variadas, e são normalmente específicos para um determinado grupo de plantas, como flores e sementes, esporos das pteridófitas, cápsulas das briófitas. O estudo detalhado das estruturas reprodutivas das plantas levou à descoberta da alternância de gerações encontrado em todas as plantas e maioria das algas. Esta área da morfologia vegetal se sobrepõe ao estudo da biodiversidade vegetal e sistemática.
Em terceiro lugar, morfologia vegetal estuda as estruturas vegetais em várias escalas. A menor escala é a ultraestrutura, em geral são características estruturais das células visíveis apenas com o auxílio de um microscópio eletrônico, e citologia, o estudo de células usando microscopia óptica. Nesta escala, morfologia vegetal se sobrepõe à anatomia vegetal, como um campo de estudo. Na maior escala é o estudo do hábito de crescimento das plantas, a arquitetura geral do vegetal. O padrão de ramificação em uma árvore irá variar de espécie para espécie, como será a aparência de uma planta, podendo ser árvore, arbusto, ou erva.
Em quarto lugar, morfologia vegetal examina o padrão de desenvolvimento, o processo pelo qual estruturas se originam e amadurecem ao longo do crescimento da planta. Embora todos os animais produzam todas as partes do corpo que possuam desde cedo em sua vida, as plantas produzem constantemente novos tecidos e estruturas ao longo da sua vida. Uma planta viva sempre tem tecidos embrionários. A forma como as novas estruturas amadurecem a partir de sua produção pode ser afetada pelo ponto da vida das plantas em que elas começam a desenvolver, bem como pelo ambiente em que as estruturas estão expostas. Um morfologista estudos este processo, as suas causas, e seu resultado. Esta área da morfologia vegetal se sobrepõe à fisiologia vegetal e ecologia.

Morfologia moderna

A morfologia como é atualmente conhecida teve suas bases na "Philosophia botanica" de Linnaeus. Tal obra, escrita em latim acessível, apresentava-se na forma de organografia. As estruturas descritas (e muitas delas ilustradas) já eram apresentadas divididas em partes vegetativas e reprodutiva, e ocasionalmente grupos taxonômicos onde tais estruturas poderiam ser encontradas eram citados.
Entretanto, o termo “morfologia” é atribuído a Johann Wolfgang von Goethe, que apesar da formação humanística (era poeta e romancista), interessou-se pela mutabilidade das formas vegetais após conhecer o trabalho de Linnaeus. Seu interesse era maior pelo dinamismo das transformações vegetais que pela sistematização descritiva. Considerava a folha o órgão central das plantas e imaginava todos os outros órgãos como derivados desta. Em sua obra principal, “Versuch die Metamorphose der Pflanzen zu erklären” (1790), Goethe tentava mostrar que, apesar da imensa gama de variação morfológica, os órgãos vegetais tinham uma organização essencial ou “Bauplan”, que era comum a um grande número de formas superficialmente distintas.

Origens

Foi o filósofo grego Teofrasto de Ereso (378-287 a.C.), discípulo de Aristóteles e comumente denominado “Pai da Botânica”, o primeiro a formular uma terminologia descritiva em plantas. Ele foi responsável também pelas primeiras descrições completas de vários vegetais, utilizando-se geralmente de palavras comuns do idioma grego. Uma exceção interessante (existem outras) é a palavra pericarpo expressão cunhada por Teofrasto para definir o tecido que compõe a parede do fruto.
Já no Século I, o naturalista e enciclopedista romano Plínio, o Velho (23-79 d.C.) compilou toda uma nova série de terminologias, baseadas em novos dados coletados. Utilizando-se de termos gregos emprestados de Teofrasto e Aristóteles, Plínio incluiu também muitas palavras latinas a fim de descrever estruturas botânicas. Desta forma o grego aparece como a principal fonte de termos, enquanto o latim influenciou na descrição e serviu de ponte entre o grego e as línguas posteriores.

Morfologia vegetal

A morfologia vegetal, uma das bases da botânica, tem por objetivo estudar e documentar formas e estruturas das plantas. Utilizada, dentre outras coisas, no auxílio à classificação de plantas (também conhecido como sistemáticas) e na fisiologia vegetal .